06:27 O Jornalista da Semana em Angola 0 Comments


Arlindo Macedo, jornalista em destaque da semana finda nas redes sociais


Fonte: Jornalistas de Angola - 25 de Abril 2016

Para esta semana trazemos uma das maiores vozes do jornalismo angolano e quadro Sénior da Rádio Nacional de Angola (RNA) o jornalista Arlindo Macedo.
Arlindo Macedo, Jornalista angolano

Arlindo Manuel Macedo de Oliveira nasceu em Luanda há mais de 50 anos. Ele explica que não fez jornalismo porque quis mas porque precisou de emprego quando ainda era menor de idade. “Coincidiu eu ver o edifício da RNA, no Lobito, quando estava na varanda do apartamento de uma família amiga, quando pensei que se calhar ali podiam precisar de dactilógrafos. Sim, nunca pensei em jornalismo. Achava apenas que eu deveria saber dactilografar porque sempre me havia parecido fácil quando visse alguém – como se dizia – bater à máquina. E era curioso que eu havia crescido anos e anos defronte o antigo rádio clube da cidade, um dos mais prestigiados de sempre na Angola colonial e onde eu brincava no seu imenso quintal com pelo menos 3 campos de jogos e muito terreiro em torno, enfim, dava para nos perdermos e talvez por isso íamos lá muito e em bando brincar às escondidas e correrias com incidentais incursões na redacção e na área de manutenção e reparação do rádio clube, onde só nos toleravam por sermos crianças”, lembrou.
Mais adiante frisou que a sua tendência era para cursar entre Economia e Engenharia mecânica. “Mas, a vida dera uma volta e então estava a deixar o Liceu e a entrar em desespero de causa, pois nem recordo mais de que dinheiro sobrevivi esse primeiro mês e não era certo que o salário viesse 30 nem 60 dias depois, dado que tudo estava apenas a começar a acontecer”, explicou.
E teve sorte! Mandaram-no preencher uma ficha, escreveu tudo, inclusive a idade (era menor ainda!), as habilitações e o posto pretendido (dactilógrafo). “Debalde, o funcionário que me havia atendido voltou e contou que o Director recusara o pedido porque havia considerado que um estudante do Sétimo ano devia ser... locutor. E foi assim, sem ouvirem sequer minha voz primeiro, comecei a falar em menos duma hora”, eram 9 horas e pouco da manhã de 24 de Fevereiro de 1977. E assim passados 39 anos, direi que por mais que eu comece a reflexão partindo de outro pressuposto, eu sempre conclúo que os pais ou educadores, os irmãos mais velhos, são sempre os primeiros influenciadores com que nos cruzamos em casa e desde pequenos. No meu caso, meus pais não facilitavam quando não soubesse o significado duma palavra, pois mandavam-me ver no “Pai dos Burros” (nome carinhoso dado ao dicionário), assim como se desse um erro a escrever faria depois a cópia do texto inteiro se a caligrafia andasse a precisar de afinação, senão escreveria 100 vezes a mesma palavra para não a esquecer”, acrescentou Arlindo Macedo.
Já ingressado como locutor, depois locutor-redactor-repórter, posteriormente chegaria a realizador, primeiramente de segunda classe, e “nesse adensamento das experiências contei realmente com influências. “Começando por recordar-me quando tinha muitas dúvidas comportamentais na Locução e era invariávelmente Luísa Fançony, então Directora de Programas da RNA, e Mesquita de Lemos, Regente de Estúdios, quem me tiravam dúvidas e exemplificavam. Mas como locutor eu era constantemente influenciado demais por Manuel Berenguel, a quem achava divinal, vibrante, criativo e sempre muito dinâmico ao microfone e no estúdio, pois era igualmente um repórter notável para a época e os condimentos. Estávamos a viver uma fase da rádio como meio de informação massiva e de mobilização e que acabaria por dar à estação particular protagonismo, a par da TPA, Angop, Jornal de Angola e Enfoto, na cobertura da reconquista do território nacional e extensão da implantação das instituições novas do Estado, com que se viria a consolidar a República Popular de Angola”, detalhou.
Assim e nesse meio começou a dar os primeiros passos como repórter, algo em que também era diáriamente influenciado por dois colossos da RNA, Rui Carvalho e Francisco Simons, que, segundo o mesmo são “dois tratados em matéria do improviso e da oratória de mobilização, mas também da dramatização através do rádio, ambos também declamadores e reconhecidos homens completos da radiodifusão”. O nosso homenageado realçou também que ambos terão sido, com Luísa Fançony e Mesquita de Lemos, as pessoas das que mais se destacaram em guindar a RNA ao expoente que atingiu e de quem bebeu a melhor influência que haja recebido. “Espero um dia poder escrever e ser mais extensivo e abrangente, pois, teria de explicar como os sonoplastas, hoje meio desaparecidos, me influenciaram também. Realmente chego a temer que sumam do mapa todos os - pouquíssimos já - sonoplastas que restem, tal foi a vandalização do sector e dos seus termos, fruto do efeito causado na Rádio em língua portuguesa pela invasão de comentaristas desportivos lá, como cá, com seu vocabulário deficiente, mas que depressa vira credo para muitos que os escutam. De resto, é só repararmos no ambiente sonoro das emissões cheias de ruído e quebrando um protocolo com o Ouvinte, para quem e em função de quem foi criado um código de como se fazer rádio. Igualmente atónito deixa-me o facto de após os comentaristas, também os DJs e MCs estarem a aportar às rádios FMs e logo de entrada a ditarem a lei dos seus costumes e a levarem as emissões para o passatempo e a diversão, em detrimento de melhor qualidade de texto e de audio dos conteúdos no rádio”, lamentou.
A sua vasta experiência inclui passagem pelas redacções de notícias e de programas da RNA e outras estações onde esteve como enviado especial ou a quem também serviu como correspondente; no quadro do intercâmbio da RNA com outras rádios foi diversas vezes indicado para o fazer, sucessivamente para a BBC de Londres, TSF de Lisboa, RFI de Paris e Voz da Alemanha de Colónia.
A primeira redacção e que considera ter sido mais profunda como experiência foi quando chegou do Lobito aos Estúdios Centrais da RNA, de meados de 1978 e até finais dos anos 80, pois era uma Redacção cheia de gente bastante culta antes de mais e cujos turnos eram à vez, redacção ou tertúlia, “dependendo de as notícias seguintes já estarem prontas e haver tempo para reatar o debate”, explica ele. Nos começos dos Anos 80 manteve ainda uma prolongada colaboração com a TPA na fase inicial da sua produção desportiva, mas onde também chegou a moderar debates políticos, além de desportivos e ainda e por um tempo apresentaria um programa recreativo de domingo, por vezes interligado à redacção. E já mais recentemente fez duas temporadas, “creio que as últimas da carreira, quando comentei para a SuperSport da DSTV, tendo frequentado intensamente essa redacção. Na Imprensa já realizou trabalhos para as redações do Jornal de Angola e também do primeiro semanário privado que houve nos primórdios da Segunda República, de 1993 a 1994, “Correio Da Semana”, tendo estado em todas as suas nove edições, até ser vendido e depressa submergir.
Outras grandes redacções que também frequentou foram quando estive ao serviço da CAF e da FIFA, cujas divisões de comunicação são formadas por jornalistas consagrados e cuja funcionalidade é bastante interactiva.
Solteiro, Arlindo Macedo tem uma filha e diz que o seu Hobby é “ver, ler e ouvir”; e que defeitos tem este jornalista? “demasiado crédulos e altruísta”, ele respondeu. Virtudes? “Lealdade”.
Em criança e adolescente recebeu todos os sacramentos católicos. Gosta da música em geral. “Para imortalizar os meus primeiros preferidos destacarei Fela Kuti ou Prince Nico Mbarga e Rockafil Jazz (Nigéria), Manu Dibango ou Toto Guillaume ou Tala André Marie (Camarões), Rochereau ou Taby Ley ou ainda Trio Madjesi com Matadidi Mario e uma série de orquestras com realce para Zaiko Langa Langa ou a Lipua Lipua (Congo), a cantora Sibongile Khumalo, o saxofonista Hugh Masekela ou o pianista Abdulla Ibrahim (África do Sul). Um exercício injusto, o desta selecção. Ficou fácil depreender que então também gostarei de Jazz e Blues, mas também de Soul, Funk e R&B, Pop, Rock mais na vertente ligeira ou sinfónica, e ritmos jovens como Hip-Hop, House ou Kuduro. Mais injusto seria descartar da resposta que também gosto de música popular de Angola, com realce para os ritmos Semba, Kazucuta e Kilapanda, ou ainda e infalívelmente para os clássicos da música Clássica e opereta, em volume quase baixinho, para certas ocasiões de estudo e trabalho. Enquanto locutor, apresentando programas e mesmo fazendo emissão, tocava de tudo conforme o guião mandasse e quando fosse eu o realizador, respeitava a mesma diversidade e curva de balanço, pois considera que na rádio “é preciso tocar o que os ouvintes preferem, em vez dos nossos gostos pessoais”. E mais injusto ainda seria descartar da resposta que também gosto de música popular de Angola, com realce para os ritmos Semba, Kazucuta e Kilapanda, ou ainda e infalívelmente para os clássicos da música Clássica e opereta, em volume quase baixinho, para certas ocasiões de estudo e trabalho.
Actores, actrizes e filmes predilectos: “Eis outro exercício de selecção quase impossível, mas não posso e nem consigo trazer para aqui todos os que já me agradaram. em miúdo vi filmes que me marcaram, como a saga da guerra de cessação nos Estados Unidos “O Vale da Honra”, as comédias de Chaplin e Mário Moreno “Cantinflas” ou ainda o histórico “A Batalha das Ardenas”, e aqui estava eu já mais crescidinho, e foi o período em que apreciava acção, artes marciais e western (filmes de vaqueiros) e em especial as sagas Ringo com Giuliano Gemma, Trinitá com Terence Hill e Bambino, e 007 James Bond que rende há mais de meio século. Nunca fui muito com exagerada teatralização nos western clássicos de John Wayne, mas havia descoberto outras preferências e actores como Robert Redford, Sydney Poitier, Fabio Testi, Marcelo Mastroianni, Clint Eastwood, Robert de Niro, Al Pacino, Gene Hackman, Kevin Costner, Morgan Freeman e seu grande amigo Jack Nicholson. Nessa época via também muito filme francês e os meus preferidos eram Louis de Funès, Alain Delon, Jean Paul Belmondo, Philipe Noiret, Jean Louis Trintingnant, e mais recentemente Gerard Depardieu e Jean Reno. Vieram a seguir e destaco os actores Denzel Washington, Leonardo Di Caprio, Tommy Lee Jones, Will Smith, Samuel Jackson, John Travolta, Tom Cruise, Nicholas Cage, Brad Pitt, Matt Damon e Liam Neeson. Da mais novíssima geração estou a gostar em particular de Idris Elba, Clive Owen e Jason Statham, pelo carisma. E se pareci machista, deixem-me acrescentar que eu tenho na realidade as minhas actrizes preferidas pela sua elegância e desempenho, embora as mais das vezes as tivesse visto como actor secundário, do que a liderar elencos e em cabeça de cartaz; são, por exemplo, os casos de Barbara Streisend, Jane Fonda, Annie Girardot, Nathalie Delon, Sofia Loren, e mais recentemente Meryl Streep, Julia Roberts, Queen Latifah, Halle Berry e Charlize Theron, embora nos escape sempre algum nome igualmente merecedor. Finalmente e entre os realizadores, apesar de gostar mais de filmes históricos, de acção e comédia, eu preferi entre os directores (realizadores) o também actor Charlie Chaplin, Francis Ford Coppola, Martin Scorcese, Oliver Stone, George Lucas, Steve Spielberg, Clint Eastwood, James Cameron, Spike Lee e últimamente Quentin Tarantino, também actor em alguns dos seus filmes.
Quanto a novelas refere que não vê mais televisão como antes mas recordou Paulo Gracindo na pele de Odorico Paraguaçu em “O Bem-Amado”, novela de Dias Gomes para a TV Globo, onde contracena o não menos gigante intérprete, Lima Duarte.
O prato típico elegido por Arlindo Macedo é o calulú, moamba de dendém e jinguinga de cabrito, se fosse de África diria também Frango à Zambeziana, a galinha de churrasco à moda moçambicana do Zambeze e que é servida pincelada com molho de coco, ou o Cous-cous marroquino, que difere em condimentação para melhor que o argelino, líbio e tunisino, ou ainda ainda o Peixe frito à ganesa com arroz jollof ou wolof. “Há sobretudo uma galinha grelhada em fogareiro e vendida na rua, embrulhada em papel pardo escuro, no Togo, que é de comer e chorar por mais. Quem esteve no CAN no Ghana deve ter podido provar. Mas tem muito boa comida típica em todo o lado, seja no México, ou no Azerbaijão, ou Turquia, ou mesmo Egipto, para citar sítios onde gostaria de voltar a comer e saborear o que ali conheci”.
Nos momentos livres Arlindo Macedo recorda que antigamente gostava de sair de casa, pegar no carro. Actualmente gosta de aproveitar os motores de busca da Internet e pesquisar coisas, descobrir, aprender, e ora gravo a página para depois ler, ora imprime logo.
Sobre a literatura e escritores que gosta Arlindo Macedo faz questão de frisar que não é muito de novelas nem romances, mas tem lido livros técnicos, históricos e de História. “Tenho estudado o fenómeno na Rádio e lido “A Rádio Na Era Da Informação”, de Meditsch, conjugadamente com “Todos Falam, Poucos Comunicam”, de Maxwell. Não cheguei ao fim da leitura de “O Futuro Do Poder”, de Nye Jr., que começara a ler induzido pela leitura de “A Transformação Da Política”, de Innenarity. Voltando ao primeiro tópico dado, estou para reler “A Linguagem Jornalística”, de Lage, e “Media, Redes e Comunicação, Futuros Presentes”, de Cardoso/Cádima/Cardoso, pois, as coisas estão a transformar-se depressa e volumosamente, sendo preciso perceber para onde estamos a ir e com o que poder contar. De Angola comecei a ler algo que me haviam emprestado e preciso devolver em breve, “O Prazer Da Leitura”, para ler Ondjaki e conhecer Afonso Cruz, Onésimo Teotónio, Ricardo Adolfo e Dulce Cardoso, que nunca antes havia podido ler”, respondeu.
Tal como a todos os homenageados perguntamos-lhe sobre as suas figuras nacionais de eleição ao que respondeu que há várias a merecer destaque, mas num mundo donde ainda emergem reinos e reinados entende que termos uma rainha viva, em vez de fazer apenas invocações históricas de reis e rainhas como Nginga e Ekuikui, é de destacar a Rainha Nhakatolo, do Moxico e do Povo Luvale; e pelo seu incomparável protagonismo, assim como pela sua coragem, empenho e determinação, o general Higino Carneiro, um exemplo a não ignorar da adaptação e metamorfose funcional do homem. Como figura Internacional citou Nelson Mandela e o Papa Francisco pelo bem que já fez ao mundo, começando pelo que já fez pela reaproximação entre líderes religiosos quer do diverso mundo cristão, quer com os islâmicos, e depois por ter conseguido levar Obama a Cuba.
“É difícil sonhar sobre Angola, os Angolanos parecem só saber em minoria o que querem e para onde vamos. A maioria vive aos apalpões, até dos bolsos para saber quanto troco lhe resta ainda. Mas já seria feliz se melhorassem os sistemas de saúde e de ensino, que são para mim o mais importante dos mecanismos numa sociedade, por sempre garantirem a um país a sua juventude, os desportistas, os recursos humanos duma maneira geral e os técnicos em particular de que precisa para ser viável, cada vez mais autónomo e feliz, para começar.
Das cidades do país (conhece todas excepto Ondjiva e Uíge) e pelos critérios de oferta, proximidade do mar, turismo e lazer, assim como pela paisagem e maior limpeza, ambiente e clima, destacou Lobito e Lubango. E no estrangeiro: Cape Town, Paris, Nova Iorque.
Enquanto repórter destaca quando em distintas ocasiões entrevistou os Presidentes da República de Angola, Dr. António Agostinho Neto e Eng. José Eduardo dos Santos, embora sempre muito breves e circunstanciais, frisou.
Esta semana foi sem sombras de dúvidas, este excelente e grande profissional do jornalismo angolano Arlindo Macedo.
Parabéns! Continue a ser este excelente profissional, com dedicação e competências.
Todos Direitos Autoras Desta Publicação São Reservados à Página Oficial dos Jornalistas de Angola
Luanda, 25 Abril de 2016
Repórteres em Serviço, Entrevista, Texto, Edição e Correcção:
É da inteira responsabilidade da equipa de
"O Jornalista da Semana em Angola"




0 comentários:

05:27 O Jornalista da Semana em Angola 0 Comments



Alexandre Cose, jornalista em destaque da semana finda nas redes sociais


Fonte: Jornalistas de Angola - 18 de Abril 2016


Somamos e seguimos com as nossas homenagens semanais e desta vez fomos ao encontro do jornalista da direcção de informação da Televisão Pública de Angola (TPA) o jovem Alexandre Cose.
Alexandre Cose, jornalista angolano

Alexandre de Jesus Mimoso Cose, nasceu a 27 de Março de 1976, em Luanda. Destaca como inspirações profissionais Arlindo Macedo, Mateus Gonçalves, Horácio Pedro, Amílcar Xavier, Paula Simons, Luís Fernando e Paulo Julião. Realçou ainda Mário Vaz, que, segundo o mesmo o influenciou a sua carreira, por ter sido seu colega no último ano Curso Médio de Jornalismo.
“Eu tinha a mania de gravar emissões de rádios angolanas e portuguesas e depois estudava-as ao mais pequeno detalhe. Passava a ouvir e reouvir o discurso dos pivôs, de modo que este exercício acabou por me converter num apaixonado animal do universo da comunicação e estes profissionais eram os que eu gravava nas cassetes. Eu tinha também montes de relatos de Manuel Rabelais, Rui Almeida, Jorge Perestrelo e agora, mais recentemente, Nuno Matos, da Antena 1. Era uma loucura. Eu próprio não achava normal. Não me importava nada de desgravar uma cassete de música para gravar uma narração pela rádio. Era afinal a expressão, no ADN, da arte de comunicar”, lembra Alexandre Cose.
Experiente, Alexandre Cose já trabalhou na Rádio Nacional; Rádio Ecclesia; TV Zimbo e agora dedica-se a Televisão Pública de Angola, aquela que chama "televisão clássica", “pelas ricas circunstâncias da sua história e impacto brutal na vida do país e dos cidadãos”.
Quando não está a trabalhar o eleito desta semana gosta de ler e pratica natação ou ciclismo, assume-se também como amante das plantas. “Dedico-me a elas todos os dias”. Criação de peixes em aquário é uma “paixão antiga”, de mais de 20 anos. “Gostaria de criar aves, mas aperta-me o coração de vê-las sob cativeiro, quando sabemos que o Senhor Deus fê-las para voar”, acrescentou.
Sobre os seus defeitos diz que não gosta de se decepcionar. “Quando isto acontece, não há chance para a outra parte. Corto a água e a luz com alicate de cortar arame farpado. Acho que não está certo. A vida é feita de altos e baixos e, por natureza, somos seres falíveis”, contou-nos. Virtude: gosta de confiar incondicionalmente nas pessoas e é muito paciente e persistente.
Quando questionado sobre a sua religião, Cose respondeu: Eu, Alexandre de Jesus Mimoso Cose, creio em um só Deus, Pai Todo-poderoso, criador do céu e da terra; creio em um só Senhor Jesus Cristo, filho unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos [...], Ele que é consubstancial é que por amor a nós entregou à morte na cruz para nos obter o prémio da salvação; creio no Espírito Sant, o Senhor dá a vida, Ele que vem do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é realidade de adoração e glorificação; creio na igreja una, Santa Católica e Apostólica, professo um só baptismo e espero ressuscitar no último dia, segundo as promessas do nosso Deus e ser feliz para sempre na glória do seu Reino”.
Cose tem 4 filhos, reside em Belas. No que toca a música destaca "Oceans (where feet may fail), da banda Hillsong United, destacou a novela brasileira Páginas da Vida (novela brasileira); o filme Titanic e no que toca aos actores Denzel Whashington.
E quanto a gastronomia contou-nos que o seu prato preferido é “Rabo de boi”. Na semana em que nos deu a entrevista pediu emprestado um livro com o tema: "Abrindo Caminhos", de Itamar Vian e Aldo Colombo, autores brasileiros. “Nesse livro, os autores nos querem mostrar o quanto viver é ‘caminhar com a mochila às costas, a cada amanhecer, seguindo os passos de Jesus. Aos fazer ao outro o melhor sem esperar recompensas, com certeza receberemos dele mais do que lhe damos’. Deus não deu a ninguém todas as qualidades, nem deixou ninguém sem nenhuma qualidade. Desta forma, precisamos uns dos outros”, frisou, acrescentando contudo que o escritor que gosta de ler é José Rodrigues dos Santos, o conhecido Pivot do Telejornal da RTP. A última obra que leu é “A Mão do Diabo”. “É muito electrizante”.
A nível internacional destaca a figura do Presidente Barak Obama, que, segundo Cose, “tem uma mão cheia de bons exemplos de simplicidade e humanismo, muitos dos quais nos inspiram verdadeiramente. Já como figura nacional elege o Frei João Domingos.
Tal como a todos os homenageados questionamos-lhe sobre o seu sonho para o nosso país. “Sonho com uma Angola onde todos sejamos felizes e prósperos, onde não somos obrigados a grandes acrobacias para enganar o próximo, para obter uma vantagem, uma Angola onde todos cultivam sem grandes campanhas, o espírito de compromisso com a Nação, um país onde as melhores instituições de educação e ensino são as do Estado e não as do privado. Sonho com um país que busca Deus em espírito e verdade e onde os homens se voltam a assumir como irmãos”.
A sua cidade de eleição em Angola é o Kuito-Bié (por razões afectivas) e no estrangeiro Nuremberga, na Alemanha
Licenciado em Direito pela Universidade Agostinho Neto, depois de vários anos de trabalho Alexandre Cose diz que um jornalista nunca está realizado, sonha entrevistar Fidel Castro.
Esta semana foi sem sombras de dúvidas, este excelente e grande profissional do jornalismo angolano Xande Cose.
Parabéns! Continue a ser este excelente profissional, com dedicação e competências.
Todos Direitos Autoras Desta Publicação São Reservados à Página Oficial dos Jornalistas de Angola
Luanda, 18 Abril de 2016
Repórteres em Serviço, Entrevista, Texto, Edição e Correcção:
É da inteira responsabilidade da equipa de
"O Jornalista da Semana em Angola"




0 comentários:

15:50 O Jornalista da Semana em Angola 0 Comments


Victor Hugo Mendes, jornalista em destaque da semana finda nas redes sociais


Fonte: Jornalistas de Angola - 11 de Abril 2016



A homenagem desta semana vai para Victor Hugo profissional da Televisão Pública de Angola.
Victor Hugo Mendes, Jornalista angolano

Victor Hugo Andre Mendes, nasceu a 04 de Novembro de 1982, em Malanje. A inspiração pelo jornalismo sempre foi um dom natural. Começou aos 14 anos na sua terra natal, passou pela Rádio Ecclésia entre 2002 e 2004, foi para a Radio Luanda até 2012 e entrou para a TPA 2 em 2009, dois anos depois passou para o canal 1. Actualmente é colaborador da rádio MFM.
“A minha vida é trabalho, até mesmo quando estou livre brinco de fazer alguma coisa. Quando estou cansado durmo”, frisou.
Casado há 2 anos tem três filhos. O seu hobby é gostar andar de bicicleta. Sobre os seus defeitos entende que outros podem falar melhor mas disse-nos que a sua virtude é a solidariedade social. Gosta de todos os estilos de música, no que toca a actores destacou Vanda Pedro, que considera ser uma boa atriz, quanto aos filmes revela que gostou de Avatar.
“Eu não vivo sem livros”, começou por responder sobre os seus autores de eleição, este ano Victor Hugo Mendes já leu 10 livros, sendo que o último foi o Catador de Sonhos, de Geraldo Rufino. Dardano Santos, Augusto Cury, John Maxwell, José Rodrigues dos Santos são alguns dos nomes de escritores com mais de 2 livros que adora.
“O meu sonho é ver mais justiça e equilíbrio na vida do Angolano”, respondeu a questão habitual colocada aos nossos homenageados.
Bacharel em Comunicação social, Victor Hugo Mendes viaja muito e faz muitas entrevistas a diversas personalidades. “Falamos sobre quase tudo, não gosto do campo político. Já entrevistei Albina Assis e Roberta Miranda, só citar”, lembrou. “Sou um homem realizado e feliz com o que tenho e por aquilo que faço para a minha família e para o país”, acrescentou.
Esta semana foi sem sombras de dúvidas, Este excelente e grande profissional do jornalismo angolano Victor Hugo Mendes.
Parabéns! Continue a ser este excelente profissional, com dedicação e competências.
Todos Direitos Autoras Desta Publicação São Reservados à Página Oficial dos Jornalistas de Angola
Luanda, 11 Abril de 2016
Repórteres em Serviço, Entrevista, Texto, Edição e Correcção:
É da inteira responsabilidade da equipa de
"O Jornalista da Semana em Angola"





0 comentários:

16:17 O Jornalista da Semana em Angola 1 Comments


Rossana Miranda, jornalista em destaque da semana finda nas redes sociais


Fonte: Jornalistas de Angola - 04 de Abril 2016

A homenagem desta semana vai para Rossana Paula de Almeida Miranda.
Nasceu aos 05 de Outubro de 1979 em Luanda.
Rossana Miranda, Jornalista angolana
Fez o ensino primário na antiga escola Pioneiro Zeca.
Fez o curso médio de Jornalismo no IMEL entre Janeiro de 1994 e Novembro de 1996, onde foi considerada a terceira melhor aluna do curso depois de João Lourenço e Estanislau Garcia.

Casada e mãe de dois filhos, Rossana é licenciada em relações internacionais.
Em Fevereiro de 1997 entrou para os quadros da LAC, num grupo de recém-formados saídos do IMEL. Recorda que na altura eram mais de 20 e foram submetidos a vários testes. Deste número ficaram apenas 8. Conta ainda que foi a segunda melhor estagiária, atrás da Francisca Pacavira.

Rossana teve a oportunidade de trabalhar com grandes profissionais como Mateus Gonçalves, José Rodrigues, Cristina Miranda, Horvanda Andrade, Paulo Costa, Paulo Araújo, Sara Fialho, Luisa Fançony, entre outros.
Em 1999, à convite do Padre Aristides Neiva foi para a Rádio Ecclésia. Lá diz ter trabalhado com o Paulo Julião, Emanuel da Mata, Mário Vaz, Moura Jorge, Filipe Joaquim, Vanda de Carvalho, Herculano Coroado, Álvaro Fernandes, entre outros.
Incentivada pelo Paulo Araújo e após um casting, em 2000 ingressou nos quadros da Orion como repórter da Rubrica Dicas Rápidas, do Programa Nação Coragem.
Em 2001 foi contactada pelo Adebayo Vunge (nosso homenageado da semana ante-passada) e pelo Isaac Kay para apresentar o Programa Jovemania que era um projecto criado por eles.
Rossana diz ter sido um momento muito especial porque afirma terem mudado a forma de fazer entretenimento na TV angolana.
Ingressou também nos quadros da TPA em Agosto de 2008, mais concretamente na área de informação. Neste mesmo ano deixa a TPA e entra para a TV Zimbo. Nesta cadeia de televisão Rossana diz ter tido a oportunidade de se afirmar como profissional e tudo isso “devo muito ao Amílcar Xavier e ao Paulo Julião”, revela.
Com o apoio da Sílvia Milonga e da Maria Luísa Rogério conheceu alguns profissionais do Jornalismo escrito como Paulo Pinha, Pires Ferreira, Silva Candembo, Graça Campos, etc.
Entre 2001 e 2002 teve a oportunidade de publicar alguns textos na página de cultura do Jornal de Angola, cuja editora na época era a Luísa Rogério. Diz ser fã do Ismael Mateus com quem trabalhou na LitoMidia entre 2004 e 2006 em Comunicação Institucional.
Admira o Mateus Gonçalves que para ela é “o nosso maior comunicador deste tempo”. Adora a Paula Simons, a Maria Luísa Fançony...
“Acho a pena do José Rodrigues fantástica, assim como a do Luís Fernando”, diz Rossana.
“Os meus ídolos são todos da old School como se diz”, revela. Em termos de televisão adora a Clara de Sousa, a Teresa Dimas a Isha Sesay, Mário Crespo, Luís Ribas, Oprah winfrey, Ellen Degeneris, Fátima Bernardes...
Rossana gostaria de um dia ter um programa de entrevistas e nele ter grandes figuras como Obama, Papa Francisco, o Presidente José Eduardo dos Santos, Wole Soyinka, Lula da Silva entre outros.
Esta semana foi sem sombras de dúvidas, esta excelente e grande profissional do jornalismo angolano Rossana Miranda.
Parabéns! Continue a ser esta excelente profissional, com dedicação e competências.
Todos Direitos Autoras Desta Publicação São Reservados à Página Oficial dos Jornalistas de Angola
Luanda, 04 Abril de 2016
Repórteres em Serviço, Entrevista, Texto, Edição e Correcção:
É da inteira responsabilidade da equipa de
"O Jornalista da Semana em Angola"





1 comentários:

16:16 O Jornalista da Semana em Angola 0 Comments

Luís Caetano, jornalista em destaque da semana finda nas redes sociais


Fonte: Jornalistas de Angola - 28 de Março 2016

Para esta semana a nossa homenagem recai ao jornalista que narrou pela TPA o golo do Akwá em Kigali para o apuramento da selecção angolana de futebol ao mundial da Alemanha 2006 e ao único golo no palco marcado pelo Flávio Amado. Ele é da redacção desportiva da Televisão Pública de Angola.
Luís Caetano, Jornalista angolano

Luís Lucas dos Santos Caetano, nasceu aos 27 de Setembro de 1969, na província do Huambo. Suas referências no jornalismo desportivo são Manuel Rabelais, Gabriel Alves, Carlos Pereira e David Borges. Sempre trabalhou na redacção da TPA.
Tem como hobby simuladores de aviação, teimosia é o seu maior defeito, persistência e abnegação as suas virtudes. Foi repórter de guerra entre os anos de 1985 a 1989 e muitas das imagens do programa opção, dos combates no Bié, Huambo, Cuanza-sul e Benguela, eram suas enviadas ao realizador Carlos Henriques. Católico convicto, tem quatro filhos, que, realça, são a razão do seu viver, mora na Maianga, em Luanda, Joana, Roberto Carlos e Bonga são os músicos preferidos, Steven Seagal o actor preferido, Julia Roberts, atriz preferida.
O seu prato preferido é o Funge de Bombo e milho, súmate, folhas e carne seca, nos momentos livres procura sempre estar com a família. “Sou fanático por literatura, estou a ler o “Taras de Luanda”, gosto dos escritores, Pepetela, Mia Couto e Luís Fernando.
A sua figura nacional de referência é o Presidente da República, José Eduardo dos Santos e no estrangeiro Vladimir Putin.
“Sonho com uma Angola socialmente equilibrada”, respondeu quando questionado sobre o seu sonho para o país.
Em Angola gosta das cidades de Benguela e Namibe e no estrangeiro referiu Lisboa, Nova Iorque, Barcelona e Amsterdão. No mundo do desporto já entrevistou Diego Maradona e João Havelange, na política entrevistei o presidente José Eduardo dos Santos, a falar sobre desporto. Importa realçar que o homenageado desta semana foi Director do centro de produção da TPA Huambo e Director Provincial da Comunicação social do Governo do Huambo de 2010 à 2015. Actualmente é Subdirector de informação para o desporto da TPA.
Esta semana foi sem sombras de dúvidas, este excelente e grande profissional do jornalismo angolano Luís Caetano.
Parabéns! Continue a ser este excelente profissional, com dedicação e competências.
Todos Direitos Autoras Desta Publicação São Reservados à Página Oficial dos Jornalistas de Angola
Luanda, 28 Março de 2016
Repórteres em Serviço, Entrevista, Texto, Edição e Correcção:
É da inteira responsabilidade da equipa de
"O Jornalista da Semana em Angola"





0 comentários: