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Luciano Canhanga,  jornalista em destaque da semana finda nas redes sociais


Fonte: Jornalistas de Angola - 07 de Novembro 2016


O homenageado desta semana é o jornalista e escritor Luciano António Canhanga, 'Luciano Canhanga' nasceu a 25 de Maio de 1976. Natural de Libolo, província do Kwanza-Sul.


Luciano Canhanga, Jornalista angolano

Cresceu a ouvir Rádio e sempre se inspirou nela, sua curiosidade foi em saber como se processava o ambiente rádio, voz de pessoa ausente perto de nós numa caixinha alimentada a pilhas. Isso tirava-lhe o sono, mas nunca chegou a desmontar um rádio recepto, contou-nos.
"Meu sonho, porém, era fazer engenharia mineira ou agronomia e tentei inscrever-me em um curso médio que não frequentei, devido à guerra pós-eleitoral", disse.
Por outro lado no terceiro ano, na escola Ngola Mbandi, conheceu o professor Cristóvão, o 'Man-Cristo' da ANGOP, que nas aulas de leitura dizia que ele possuía forte vocação para jornalismo, dada a forma como redigia e lia" salientou.
Estando em Luanda, foi também vendo televisão e sendo influenciado por apresentadores jovens como 'Balduíno', 'Amélia Pombo', entre outros, na rádio encantava-lhe as vozes que liam os editoriais (anos 80 do séc. XX), sendo também atento aos que se publicava em termos de livros e jornais (JDM, Banda Desenhada, Revistas, etc).
Já na LAC, em 1996 que encontro figuras como o Paulo Araújo, Carla Castelo Branco, Sara Fialho, Pedro Correia, José Rodrigues, Horácio Pedro, entre outros que exercem uma influência positiva. A eles se junta, mais tarde (2000) a Paula Simons e Ismael Mateus, que me permitiram limar o que que havia aprendido nos primeiros anos do exercício da profissão jornalística, respondeu.
Já trabalhou nas redacções da LAC, ORÍON destacou o (programa radiofónico nação coragem emitido pela "RNA"), 'RDP África', Cruzeiro do Sul, semanário Expansão, Semanário Econômico, Jornal Popular, Correio da Maná de Lisboa, tem vários textos de opinião no Jornal dos Desportos, Jornal de Angola e Nova Gazeta, salientou.
Divorciado em vias de novo casamento (vive maritalmente) Gosta de ler, cuidar de plantas e escrever. Segundo ele "alguns dizem que passo o tempo a escrever coisas, plantar árvores e a construir casas".
"Teimoso no bom sentido, no sentido de conseguir materializar aquilo que projectou. "Já houve um tempo em que minha mãe tratava-me por "Custe o que custar", Diz-nos ser seu defeito.
O nosso homenageado é membro em comunhão da Igreja Metodista Unida.
Entre biológicos e afectivos conta com seis filhos é residente no município satélite Viana.
Relativamente a gostos musicais elege aquilo que designa 'MPA" (Música Popular Angolana) ou o nosso cancioneiro que retracta vivências tais como Justino Handanga, Santos Católica, Kituxi e seus acompanhantes, Kintuene de Cabinda e etc.
"Os dias da rádio é um filme que lhe marcou, "o desafio de Mandela para pacificar a Africa do Sul, são os seus filmes de eleição.
Deixou de ver novelas quando descobriu que elas se assemelhavam a teatro (arte cénica), " já imaginou chorar porque um actor foi morto e voltou a vê-lo em outra novela".
Funge com qualquer molho e bem acompanhado de um bom vinho é sua iguaria preferida.
Escritores que gostas de ler: Leio quase tudo, das coisas boas que se publicam no Fecebook aos livros de autores lúdicos e científicos, neste momento estou a ler a arte da guerra. E dos escritores nacionais destacou, Luís Fernando, João Melo, António Jacinto, Henrique Abranches, Pepetela, Jacinto de Lemos, Uanhenga Xito, Óscar Ribas, Tazuary Nkeita, Ismael Mateus, Roderick Nehone, Manuel Rui, Gociante Patissa, Agostinho Neto, Jofre Rocha, é interminável a lista. Já houve tempos em que para me inspirar ia ler Jacinto de Lemos.
Como figura nacional elege sua querida e amada mãe, a D. Maria Canhanga, uma pobre camponesa, iletrada que tudo fez para que eu estudasse e pudesse ser alguém na minha aldeia natal. Uma estátua ou uma biblioteca com o seu nome na escola da sua aldeia (Pedra Escrita) não ficaria mal.
Na arena Internacional: Dos que conheço vivos ainda ninguém destronou Mandela.
Sonhos que tens para Angola: sonho um pais que venha a ser melhor para meus filhos, onde cada um se afirme com o seu saber e trabalho abnegado.
Gosta imenso da cidade Luanda e Lubango. No estrangeiro: Cairo, Cape Town e Bruxelas.
Luciano Canhanga é bacharel em Ensino de História (faltou a tese), é licenciado em Comunicação social, Pós-Graduado em Gestão de Pessoas e Mestrando em Ciências Empresariais (falta a tese).
Questionamo-lo sobre a maior individualidade que entrevistou e se já se sente realizado? Caso volte ao jornalismo activo, gostaria de entrevistar uma grande figura internacional, respondeu.
Ainda não tive esse privilégio, mas contento-me com o facto de ter sido dos primeiros a abordar, no Luena, os militares saídos ou resgatados das matas depois do 22 de Fevereiro de 2002, sou por natureza, um inconformado com o que fiz até agora, quero sempre crescer mais profissionalmente.
Para terminar contou-nos que também ama as letras e tem lançados seis rebentos (O Sonho de Kauia, Manongo-Nongo, 10 Encantos, O coleccionador de Pirilampos, O Relógio do Velho Trinta e Canções ao Vento). Outros estão a caminho.
Esta semana foi sem sombras de dúvidas, este excelente e grande profissional do jornalismo angolano Luciano Canhanga.
Parabéns! Continue a ser este excelente profissional, com dedicação e competências.

Registada no Ministério da Comunicação Social Sob o número MCS-797/B/2016

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Luanda, 07 de Novembro de 2016

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