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Dani Costa,  jornalista em destaque da semana finda nas redes sociais


 

Fonte: Jornalistas de Angola - 05 de Setembro de 2016



Daniel Paulo da Costa ‘Dani Costa, nasceu a 17 de Setembro de 1978
Município do Cazenga, província de Luanda conforme reza o seu registo oficial. Mas ele sentisse que sempre foi e é mais de Malanje do que de qualquer outro lugar deste país, é o homenageado desta semana.
Dani Costa, Jornalista angolano

 Fontes de inspiração na profissão disse que teve sempre a sorte de ter ao seu lado bons Mais Velhos, bons mestres, chefes e conselheiros. Gustavo Costa indicou-lhe, ainda no final da década de 90, o jornalista Manuel Correia ‘Man Cocas’ para que este lhe conseguisse um estágio no Jornal de Angola. Curiosamente, foi nas escadas do 'JA' em que conheceu o jornalista António Freitas, que o levou ao semanário "AGORA", onde foi recebido pelo então Director o malogrado Aguiar dos Santos e pelos profissionais Sebastião Panzo, Fernando Martins, Norberto Costa, Mário Paiva e António Piçarra. Lá conheceu, uns mais cedo e outros mais tarde, jovens aguerridos como o Tandala Francisco, Ana Margoso, Fonseca Bengui, Manuel Nunes, Lutock Matokissa, Roberto Bernardo, Jorge Eurico, Suzana Mendes, Júlio Gomes e tantos outros com quem se podia/pode contar até hoje. Quero aqui abrir um parênteses para o grande Nhuca Júnior, um exímio jornalista e ‘pauteiro’ de excelência. Foram bons anos de convivência, até que um ‘desentendimento’ fez-me abandonar o 'AGORA' e rumar para o Semanário Angolense, muito por insistência do grande Severino Carlos e do Director Graça Campos – com quem tive a felicidade de trabalhar também alguns anos. Um ano antes recusara um convite feito pelo Director Graça Campos. No segundo convite, ele nem sequer me deixou gozar as férias que eu bem merecia e não lhe perdoou por isso (risos). Assim como não lhe perdoei o facto de ter feito uma notícia sobre a minha entrada no grande Semanário Angolense, um privilégio que era para poucos. Alguns anos depois, um contacto com o grande jornalista e escritor Luís Fernando, por recomendação do seu amigo e companheiro de longa data o Teixeira Cândido, fez com que abraçássemos o projecto 'OPAÍS' há oito anos. O Luís Fernando é uma parte muito importante do maravilhoso trajecto que o jornal seguiu, assim como o ‘Zé’ Kaliengue e outros profissionais da casa, Salientou
Já trabalhou nas redacções do Jornal ‘Independente’, onde lhe disseram que não tinha lugar para ele, foi também reprovado na (LAC) num teste que mais pareceu uma brincadeira devido à falta de tempo e indisposição do próprio examinador. Era como se não houvesse sequer interesse em nos manter lá e procuraram honrar apenas o pedido da pessoa que nos tinha enviado ao local. O Manuel Nunes, meu compadre, está aí e pode contar isso. No Jornal 'AGORA' e no Semanário 'Angolense', dois dos principais produtos jornalísticos que este país já conheceu. Foi graças a estas duas publicações e as pessoas com quem conviveu aprendeu muito do que sabe e faz hoje. Bato sempre a porta de muitos deles quando tenho alguma dúvida ou necessite de conselhos. Quero aprender todos os dias. Quem sabe assim me torne num grande jornalista como muitos que admiro em Angola e no exterior. Mas digo com muito orgulho que Aguiar dos Santos e Graça Campos, assim como outros escribas destas duas casas, como o António Freitas, António Piçarra, Mário Paiva, Severino Carlos, Silva Candembo, Cristovão Neto, Salas Neto, Ilídio Manuel, terão escrito um dos melhores momentos da história da imprensa em Angola. Se o primeiro (Aguiar dos Santos) já morreu nas circunstâncias em que morreu, posteriormente o Américo Gonçalves, a minha geração (particularmente os que com eles trabalharam) tem o dever moral de, no mínimo, homenageá-los e fazer o mesmo com os poucos sobreviventes dos anos de ouro da imprensa angolana, tanto nos órgãos privados como estatais, entre os quais destaco o próprio Graça Campos, Reginaldo Silva, William Tonet, Gustavo Costa, Adelino de Almeida, Osvaldo Gonçalves, Policarpo da Rosa, Kizunda, Nelson Rosa e tantos outros. Como homens não estão isentos a erros, mas não se lhes pode retirar o mérito pelas coisas boas que fizeram ou ainda têm feito, Frisou. Também já fui um dos repórteres da extinta Revista PALOP, predecessora da revista África 21. Durante algum tempo assinei um espaço de crónicas sem nenhuma contrapartida financeira e para a Rádio Viana, a convite do meu amigo Francisco Henriques, que achou que devia dar também a minha modesta contribuição para o desenvolvimento do mais populoso município do país, Frisou.
Casado. Tal como aos outros homenageados pedimos-lhe que falasse dos seus defeitos. “Dizem que sou pouco ambicioso", assumiu, acrescentando, entretanto, teimoso - alguns dirão mesmo rabugento-, se calhar por não ser um daqueles que fica de braços cruzados quando está perante alguma injustiça. E virtudes? "Deixo isso para as pessoas que me conhecem", respondeu.
Curiosidade sobre Dani Costa, não gosto muito de falar de mim, por isso aproveito a oportunidade para pedir desculpa pelo tempo que levei para responder ao vosso questionário. Prefiro que sejam os outros a enaltecerem os nossos feitos ou a repudiarem as nossas más acções, embora faça a minha autocrítica, disse.
Denominação religiosa é Protestante.
O nosso homenageado vive actualmente no KK 5000, mas oficialmente ainda sou um ‘Vianense’. A minha infância e adolescência foi toda passada num dos mais nobres municípios deste país o Cazenga, sublinhou.
No tocante a música o Dani aprecia ouvir David Zé, Artur Nunes, Urbano de Castro, Bonga Kuenda, Pedro Cabenha, Gabriel Tchiema e tantos outros músicos angolanos.
Elege como Actores predilectos. Denzel Washington, Ben Stiller e Liam Neesson.
Como prato prato típico preferido referiu um bom funje é sempre uma boa opção, independentemente do ‘konduto’.
Escritores que gostas de ler: Gosto de ler, principalmente, ver filmes e ouvir boa música. Mas nos últimos tempos tenho estado no campo a tratar de algumas coisas, tentando cumprir um conselho de Warren Buffet, que cito: ‘arranje sempre uma segunda fonte de rendimento’. Claro, desde que seja legal.
Qual é o último livro que leu ou ainda lê e que escritor gostas de ler, pode mencionar vários nomes e títulos: Tenho estado a ler o livro ‘Em Busca de um Novo modelo de negócio para a Imprensa’, de Filipe Alves, e as ‘As Velas ardem até ao fim, de Sandor Maroi. Mas até hoje tenho no livro ‘Undengue’, de Jacinto de Lemos, a obra que mais me marcou. Por este facto, felicitei o pessoal do Projecto Ler Angola, entre os quais o Divaldo Martins, pela reedição que fizeram deste e de outros clássicos da literatura angolana. Aprendi a ler Mongo Beti ainda miúdo. O meu pai tinha alguns livros sempre à cabeceira. Li a maioria dos livros de Manuel Rui Monteiro, todos de Uanhenga Xitu, uns tantos do Manuel Pedro Pacavira, as grandes referências de Luandino Vieira e outros de Arnaldo Santos. A lista é quase infinita. Hoje leio mais livros sobre jornalismo, gestão e liderança. Mas tenho um livro que não abdico por causa das voltas que a própria vida nos dá: ‘As 48 Leis do Poder’. Cada um que tire as suas conclusões.
Como figura nacional de referência elegeu seu pais, apesar de já não se encontrarem entre nós, e o meu tio José Manuel Paulo por me terem educado de forma que consiga sobreviver neste mundo cada vez mais exigente. A nível internacional, confessou ser admirador de Nelson Mandela e Mahatma Gandhi, dois pacifistas de gema.
Sonhos que tens para Angola: Gostaria imenso que o sol pudesse nascer para todos neste imenso e rico país, parafraseando uma amiga minha, autora do livro ‘Kalucinga’.
Gosta imenso da cidade Luanda, apesar dos seus enormes problemas. Lobito é uma boa opção para descanso. Gostaria imenso de repousar definitivamente um dia destes em Malanje. Europa é só mesmo para trabalho, alguns passeios e nada mais.
Dani Costa esta no último ano do Curso Superior de Comunicação Social.
Nas tuas andanças como jornalista ainda tens sonho de entrevistar uma individualidade?
Disse-nos que gosta de entrevistar pessoas que têm alguma coisa para dizer, não importa se político, académico, jornalista, miúdo de rua, militar ou polícia. Gosto de bons entrevistados.
Questionamo-lo sobre a maior individualidade que entrevistou e se já se sente realizado? Respondeu. Já tive a oportunidade de entrevistar pessoas de diversos extractos sociais, figuras públicas nacionais e estrangeiras. Mas conclui que um bom entrevistado não é necessariamente um bom político, académico ou pretendente a um alto cargo público. Há cidadãos anónimos que acabam por dizer coisas mais interessantes que muita gente que passa a vida engravatada e fechada em gabinetes. Quanto à realização, espero que me formulem esta questão quando estiver retirado das lides jornalísticas, porque ainda é muito cedo para um exercício do género.
Esta semana foi sem sombras de dúvidas, este excelente e grande profissional do jornalismo angolano Dani Costa.
Parabéns! Continue a ser este excelente profissional, com dedicação e competências.
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Luanda, 05 de Setembro de 2016
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