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Fonseca Bengui, jornalista em destaque da semana finda nas redes sociais


Fonte: Jornalistas de Angola - 17 Agosto 2015



Para esta semana a nossa homenagem recai para este Senhor com enorme talento e com uma margem grande de progressão no jornalismo escrito angolano.
Fonseca Bengui, Jornalista angolano

Ma Mbakila Soni, era o seu nome de infância. Afonso José é seu nome de registo. Ele mesmo adoptou Fonseca Bengui, nome com o qual começou a assinar os seus textos. Fonseca é um nome que lhe foi atribuído por um professor do seu bairro, mas que não entrou no registo. Bengui é o sobrenome do seu pai. Diz ter adoptado-o por achar que Afonso José é demasiado comum. Nasceu aos 12 de Maio de 1972, no bairro Kimambueni, no município do Kimbele, província do Uíge. João Melo, Reginaldo Silva, Graça Campos, Ricardo de Melo, Américo Gonçalves, são alguns dos nomes que o inspiraram no jornalismo. O seu primeiro artigo foi publicado na Revista Eco, em 1994, uma revista, que lamentavelmente para si, teve uma existência efémera. 
Começou a sua carreira no Correio da Semana, que tinha como director o Paulo Pinha. Neste semanário, chegou a ser um dos principais redactores. Por quase dois anos interrompeu o exercício da sua profissão devido a uma formação no estrangeiro, concretamente na República Popular da China. No seu regresso, colaborou em vários semanários como o Actual Fax, O Independente, e ficou alguns anos no jornal Agora, até passar para o Jornal de Angola, onde está até hoje. É o coordenador do Núcleo do Sindicato dos Jornalistas nas Edições Novembro, EP.

 (Jornal de Angola, Jornal dos Desportos, Jornal de Economia, Finanças e Jornal Cultura). É casado e pai de dois filhos. Teimosia é um defeito que diz ter, já a generosidade é a sua maior virtude. Diz carregar no corpo e na alma as marcas da guerra. Desde cedo sonhava ser jornalista porque considerava que por este meio podia lutar contra a injustiça social. 
É membro da convenção Baptista de Angola. Quanto aos seus gostos musicais revela que nos últimos anos tem preferido mais a música gospel e faz parte de um grupo coral na igreja onde cultuar. Gosta de filmes de drama e séries policiais. O nosso funje de bombom com qualquer acompanhante e folhas ou muamba de ginguba é o seu prato típico preferido. 
Nos seus momentos livres gosta de ler e visitar familiares e amigos. O último livro que acabou de ler tem como título “Uma breve história do Cristianismo”, de Geoffrey Blainey. Neste momento está a ler “Angola, processos políticos da luta pela independência”, de Maria do Carmo Medina, “Segredos do Império da Ilusitânia: a censura na metrópole e em Angola”, de José Filipe Pinto, e o livro mais falado da actualidade: “Da ditadura à democracia, uma estrutura conceitual para a libertação”, de Gene Sharp. Escritores e livros que o marcaram: Pepetela (Mayombe, O cão e os calus, Geração da Utopia, etc.), Manuel Rui Monteiro (Quem me dera ser onda, Um morto e os vivos), Jacinto de Lemos (Undengue, Pano preto da velha Mabunda), Wahenga Xitu (Mestre Tamoda e outros contos), António de Assis Júnior (O Segredo da morta), Óscar Ribas (Uanga), Wole Soiynka (Os Intérpretes), Ernest Hemingway (O velho e o mar) e tantos outros. Admira e rende homenagem aos pais da independência (Agostinho Neto, Holden Roberto e Jonas Savimbi) e todos que de uma maneira geral se envolveram na luta contra o jugo colonial e acha que Angola de hoje não tem sabido render a devida homenagem aos milhares de patriotas conhecidos e anónimos que se sacrificaram pela liberdade. Nelson Mandela é a figura internacional que admira pela persistência e integridade. Sonha com um país, onde cada angolano possa viver com dignidade, onde exista a instauração de uma democracia verdadeira, uma reconciliação nacional genuína e que ninguém seja perseguido ou diabolizado por estar filiado ou identificar-se com o partido B ou A, ou por não se identificar com nenhum partido ou por ser do Norte, Sul, Centro ou Leste. 
Luanda e Uíge são as cidades do país que mais gosta. Luanda porque, para ele que é do interior, ela era uma espécie de mito, sobretudo por causa do mar que, segundo se dizia, perdia-se ao longe e não tinha fim. O Uíge, porque é lá onde descobriu a cidade. Tóquio e Nova Iorque são as suas cidades de eleição no estrangeiro. É Licenciado em Direito. Gostaria de reportar histórias do dia-a-dia, de homens e mulheres simples, do campo e da cidade. Já entrevistou individualidades como Holden Roberto, Cardeal D.

 Alexandre do Nascimento, Cavaco Silva e Bonga. Diz que ainda não se sente realizado por causa da injustiça social, da corrupção, da intolerância política e da impunidade na nossa sociedade e deixa um conselho, sobretudo aos mais novos: "que cada um procure ocupar o seu espaço na sociedade com trabalho e muita dedicação. Não contem com ninguém senão convosco mesmo. Podem não gostar da vossa cara, do clube que apoiam ou das ideias que defendem, mas que ninguém vos chame de incompetentes". Esta semana foi sem sombras de dúvidas, este excelente e grande profissional do jornalismo angolano Fonseca Bengui.
Parabéns! Continue a ser este excelente profissional, com dedicação e competências. Luanda, 17 de Agosto de 2015 Repórteres em Serviço, Entrevista, Texto, Edição e Correcção:
"FOLINO ELIAS, KINNA SANTOS E VÂNIA VARELA"



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